Selvagens
Apesar de todos os lobisomens
nascerem humanos, os selvagens não se conformam com o fato e abraçam
seu lado animal. São lobisomens que vivem em alcateias isoladas nas
poucas áreas selvagens que existem no mundo destruído da metade do
século XXI. Por isso mesmo, os selvagens são, literalmente, uma
espécie em extinção. Calcula-se que existam pouco mais de mil
lobisomens selvagens no mundo todo. Alguns deles vivem nas poucas
tribos indígenas que restam, no interior da selva amazônica ou da
africana, únicos locais em que os índios não foram
“ocidentalizados”. Os mais radicais, após a transformação,
passam o resto de suas vidas na forma de lobo, transformando-se em
lobisomem apenas para caçar ou enfrentar um inimigo poderoso, e
nunca voltando à forma humana. A organização destes lobisomens é
bem mais simples que a dos urbanos.
Ômega
Diferente dos urbanos, o ômega
de uma alcatéia selvagem é tratado não só como filhote, mas como
inferior. Sempre obrigados a comer as sobras da caça e os ossos, a
andar na retaguarda da matilha e a se submeter à vontades dos mais
velhos, os ômegas tem que lutar muito para subir de status dentro da
alcatéia.
Delta
Os deltas da alcatéia selvagem
tem a mesma função dos deltas urbanos. São a principal força do
grupo, executam as leis e as vontades do beta e do alfa, e são mais
bem tratados que os ômegas. O número de deltas é mais reduzido, já
que as alcatéias selvagens são bem menores.
Beta
Ao contrário dos urbanos, só
existe um beta em uma alcatéia selvagem. Ele é o vice líder, o
segundo em poder e em tudo dentro da alcatéia. Cabe a ele
disciplinar os ômegas e controlar os deltas.
Alfa
O líder supremo da alcatéia. É
dele a melhor parte da caça, ele é quem realiza o primeiro ataque,
e faz tudo em nome do seu grupo. A posição de alfa também é
vitalícia, e se ele comete algum erro, é imediatamente morto e
devorado pelos seus subordinados, sendo que a primeira mordida é do
beta.